"Do mesmo modo que o metal enferruja com a ociosidade e a água parada perde sua pureza, assim a inércia esgota a energia da mente."
Leonardo da Vinci
Da hidratação constante, necessária ao esforço, até a umidade do ar, que dá conforto. Transpiramos e nossos corpos fluem pelo caminho. O elemento água é fundamental para a caminhada. Somos mais de 70% água, e deste elemento fundamental emprestamos nossas características.
Somos rio, no curso de nossas vidas, adaptando-se aos obstáculos, contornando, oxigenando. Ora desaparecemos da superfície, mas seguimos ocultos no curso de nossas vidas. Afetamos nosso entorno, geramos vida e movimento.
Se cristalinos, refletimos o entorno sem deturpá-lo. Se revoltos, mostramos nosso potencial destrutivo, arrastando conosco uma confusão de elementos. Combatemos as pedras com coragem. Alimentamos a vida com generosidade.
Ao encontrar outro curso d´água, geramos oposição e turbulência se o enfrentarmos de maneira oposta. Ou podemos aumentar nossa vazão e capacidade, se somarmos as forças. Ao vencer grandes distâncias, deixamos nossa marca na paisagem. Ao cairmos em cascata, produzimos um espetáculo de luz e som.
Murmuramos sossegados pelos trechos tranquilos. Em alguns momentos, nos acumulamos em lagoas, berço de vida, reserva de energia.
Vez por outra evaporamos, e como chuva somos levados a lugares distantes. Recomeçamos caminhos, revisitamos experiências. Em nossa composição, resquícios de tudo por que já passamos.
(...)Eu não sei o que os rios
Têm de homem do mar;
Sei que se sente o mesmo
E exigente chamar.
Eu já nasci descendo
A serra que se diz do Jacarará
Entre caraibeiras
De que só sei por ouvir contar
(pois, também como gente,
Não consigo me lembrar
Dessas primeiras léguas
De meu caminhar).”
A chuva durante nossas caminhadas renova e traz lembrancas da infancia quando brincava nas ruas de terra da cidade onde nasci.
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