terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Perfil do Participante: Tomoko Yoshimura

"Um ser humano só cumpre o seu dever quando tenta aperfeiçoar os dotes que a natureza lhe deu"

Herman Hesse



Tomoko Yoshimura , A.K.A. "Tomilho", porque é assim que o corretor ortográfico acha que é seu nome. Corajosa nos caminhos, não se abate com sol ou muitos kms, mantendo seu contagiante bom humor. Tomoko é também uma fotógrafa curiosa e inspirada. Ama a natureza e é franca e disponível. Você não precisa de mais de cinco minutos para se sentir à vontade em sua companhia.

Como/Por que começou a caminhar?
Já caminhava em viagens, mas aqui em São Paulo sair somente para isso ainda não tinha feito. Um dia uma amiga me convidou para uma caminhada na Serra do Mar e lá fui. Foi incrível !Caminhar ao ar livre no meio da natureza, árvores, flores, águas, pessoas, animais. Foi um desafio... cansei, sofri, achei que não ia conseguir, mas fui firme e no dia seguinte estava ótima com a energia renovada e feliz.

Prefere que tipo de caminhada?
No meio da natureza com árvores, flores, pássaros, água, estrada de terra. Adoro trilhas no meio do mato, com sol ou com chuva.

Qual a caminhada mais desafiadora que já fez?
Subir o Monte Fuji. O topo do monte parecia tão perto, mas era tão longe. Levei a noite toda subindo, subindo para ver o nascer do sol. Lindo !!!

Que caminhada pretende fazer?
Trilha Inca e Monte Roraima.

Qual equipamento considera indispensável?
Paz interior. Curtir o momento junto das pessoas, da natureza e dos seres que habitam a mata.

Já pagou algum mico? Alguma situação engraçada?
Mico, mico não. Mas, precisamos sempre estar atentas quando entramos na cachoeira de biquíni sem camiseta. Água de cachoeira tem muita força e pode fazer modelitos estranhos.

Uma lembrança inesquecível?
Estou pensando ...
Como não veio nenhuma lembrança específica e sim várias, todas são especiais, até uma caminhada de curta distancia no Templo Zulai vendo os Budas.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Joaquim Egidio – Rio Jaguari

"Todo mundo chama de violento a um rio turbulento, mas ninguém se lembra de chamar de violentas as margens que o aprisionam"
Bertold Brecht

No dia 01/02, enfrentamos desafiadores 20kms, com muitas subidas, margeando o Rio Jaguari em Pedreira, próximo a Joaquim Egídio (Campinas-SP).

A estrada de terra não foi dificuldade para nossos intrépidos motoristas. Paramos os carros no bar do Vicentão, lugar tradicional para inícios de trilha, onde fomos recebidos cedo com café. Mochilas nas costas – aí fomos nós - com dois estreantes no grupo.

Os estreantes Armando e Núbia enfrentando o sol
 O dia estava quente, e saímos atrasados. O sol seria nosso companheiro na maior parte do percurso. Belas paisagens ficaram iluminadas, com raros períodos de descanso em "túneis" de bambu. Ao passar nesses trechos, pudemos ouvir o rangido dos bambus balançando ao vento. Esses sons curiosos eram acompanhados pelo frescor da brisa. Um ar condicionado natural.

Foto: Maria Jesus
Um dos atrativos mais interessantes deste caminho é a passagem pela Hidrelétrica Jaguari. A CPFL opera este belo lugar hoje, que já foi propriedade particular. Há discussões para torná-la patrimônio histórico.
Da esquerda para Direita: Tomoko, Pandora, Cláudio, Márcia, Fabio, Cesar - Foto: Maria Jesus

Água sendo devolvida ao rio
Uma estratégica parada para comer algumas goiabas. Demos sorte! Além de contarmos com o Claudio, voluntário na colheita, elas estavam no ponto, e a maioria sem "surpresas" dentro. Dizem que pior do que encontrar um bicho na goiaba, é encontrar apenas meio bicho. 

A subida é íngreme, margeada pelas casas utilizadas por antigos funcionários. Refletimos sobre a falta de visão do brasileiro sobre a importância de manter locais como esses - que já viram dias melhores. 

Ao completar a primeira subida, um espetáculo de paisagem.
Seguimos adiante, com a promessa de nos refrescarmos numa curva do rio em que se forma uma piscina natural. Ao chegar lá, encontramos um acúmulo de carros. O dia quente havia atraído muita gente da região, em busca de alívio nas águas limpas. Acabamos não desfrutando do rio. Infelizmente, fomos expulsos pelo som alto, e havia muito lixo sendo deixado ali na estrada, uma triste demonstração de falta de educação.

Sem nos deixar abater, enfrentamos a ultima e mais importante subida do percurso. Esta foi desafiadora! Nestes momentos, o grupo mostra diferentes ritmos, as pessoas se espalham pela estrada, e acabamos sozinhos com nossos pensamentos.

A chegada teve cerveja e coxinha - comida estritamente indicada para o fim das trilhas -  na concepção de nossos nutricionistas especializados! Fomos bem recebidos no Armazém Rural.

Mais importante que o cardápio: teve gente de bem com a vida, rindo, se divertindo e celebrando a amizade! Até o retorno!


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Perfil da Participante: Célia Maria Lopes da Silva

"Caminhando só ou acompanhada, mas sempre pra frente!"



Célia Maria Lopes da Silva , A.K.A. "Ligeirinha", porque nunca anda atrás do grupo. Sempre está à frente com seus passos firmes e sua inseparável sombrinha para proteger do sol. Fica sempre com atenção nos seus amigos que os acompanham em todas as caminhadas (Brenda, Raio e a novata Elisa). Com seu fone de ouvido conectado a uma rádio da região e ouvindo música não presta muita atenção nas brincadeiras e piadinhas do grupo, mas é sempre atenta nos animais. Quando resolvem dar uma fugida, logo vem a ordem de comando para retornarem junto dela. No final da caminhada está sempre com o grupo para finalizar com nossa merecida cerveja gelada.

Como/Por que começou a caminhar?
Sempre caminhei,  acho até que não engatinhei, queimei esta etapa, fui direto para duas patas.

Prefere que tipo de caminhada?
Ao ar livre e acompanhada de cachorros, em ritmo acelerado, caminhar devagar somente em Shopping. Odeio...

Qual a caminhada mais desafiadora que já fez?
Trilha da Taturana na Serra do Japi, por várias vezes subimos até as antenas e evitava seguir em frente pois o inicio da trilha é meio fechada, mas depois ela abre e o percurso vale muito a pena, acho uma das mais bonitas.

Que caminhada pretende fazer?
Qualquer uma que não tenha muitas residencias e carros por perto.

Qual equipamento considera indispensável?
Guarda Sol.

Já pagou algum mico? Alguma situação engraçada?
Mico não, mas uma preocupação danada, quando o Raio e a Brenda correram para cima de um ouriço na trilha dos Foga próximo a algumas videiras.

Uma lembrança inesquecível?
O começo das minhas caminhadas foi ao lado do “Amigo”, o pai do Raio, ele viveu ao meu lado até os 19 anos de idade e gostava muito de caminhar, especialmente “dar uns perdidos por ai”. Mesmo no finalzinho, saia com ele de casa fraquinho para dar suas caminhadas fisiológicas, ninguém melhor do que ele para eternizar a frase “O cachorro é o melhor AMIGO do homem”.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Mais uma Caminhada Filantrópica

O bem-estar na vida obtém-se com o aperfeiçoamento da convivência entre os homens. 
(texto judaico)


*as fotos foram "roubartilhadas" dos participantes. Se identificar uma sua, por favor avise!

Quem queria que o dia acabasse?

Organizado pela Ultreya, em parceria com o grupo Katuape (nós que fazemos este blog) e presença de vários outros, reunindo uma centena de trilheiras e trilheiros de diferentes cidades, em caminhada no entorno da bela região do Armazém do Limoeiro, já conhecido da turma do blog. E o melhor, reunindo doações para a FIC - Fraternidade Irmã Clara  - clique e participe!.

A aventura começou cedo para quem veio de ônibus. A chuva do dia anterior deixou o caminho com alguma lama, o que forçou o grupo a iniciar a caminhada precocemente. Nada que afetasse o humor dos participantes, que foram recebido com café da manhã especial.

Foto Ultreya
Após o alinhamento para fotos, a trilha começou ao lado da igreja - onde a missa é celebrada todo domingo. A fazenda toda inspira respeito às tradições, e iniciamos nossa trilha respeitando uma delas - tocando o sino ao passar entre as casas. 

O(a) autor(a) desta linda foto?
Seguimos por um caminho com linda paisagem de pedras. Os fotógrafos se esbaldaram. As pedras faziam desenhos divertidos, aguçando a imaginação. Dependendo do olhar, aparecia um canhão, um tubarão, um golfinho pulando, um grande bumbum!


O céu deslumbrante se abria a cada curva da paisagem. As nuvens apareceram mais tarde, mas eram nossas cúmplices, oferecendo sombra em retas desabrigadas. A brisa garantia uma temperatura agradável, e a natureza nos recebeu como filhos queridos.

Retomamos a estrada e percorremos o entorno de várias fazendas e lindas vistas. O grupo seguiu animado, sempre com um clima ótimo. É impressionante como as caminhadas reúnem energia, pessoas de bem com a vida, histórias pra contar. Encontram lugar vários personagens - democraticamente. A trilheira de riso alto, as amigas que se reencontram, o esportista de fim de semana, o superador de limites pessoais, o fotógrafo amador... até quem curte um momento de solidão, colocando sua vida interna em ordem a cada pisada no chão.

Após 18kms, retornamos ao limoeiro, e o restaurante nos aguardava, com a comida de fazenda em cima do fogão de lenha.

Crédito?? Por favor, se apresente!
Após o almoço, o Armazém do limoeiro nos acolheu com moda de viola, versos em homenagem ao grupo, comemoração de aniversários e comes e bebes. E apesar do esforço grande das sombras das árvores e da brisa em segurar os ponteiros, o relógio resolveu passar rápido!

Na hora de voltar, foi nossa companhia o sono da caminhada e a sensação boa de termos estado mergulhados num caldo de nostalgia, natureza e amizade. Parabéns a todos os participantes!